Eu confesso que depois do dia 03 com a arrumação; porque depois do chás de bebê eu lavei toda a roupinha que ela ganhou, mesmo sendo o nascimento previsto para daqui um mês (o sexto sentido funciona mesmo sem a gente perceber, rsrs) fiquei mais cansada que de costume....me sentia pesada e um pouco fraca.
Como sou evangélica, tinha dentro de mim uma grande vontade de dar o testemunho sobre esta minha gravidez na igreja; porém estava esperando a hora certa. Então, no culto de terça-feira contei à igreja que havia perdido um bebê em 2009 e estava afastada da igreja, nada me consolava e eu não entendia o porquê daquela perda, especialmente porque quando contei da minha gravidez para minha família ouvi palavras muito duras; enfim perdi o bebê e pedia ao Senhor que me abençoasse, porque já ia fazer 40 anos e se eu quisesse como o médico mesmo havia dito era para tentar logo.
Aconteceu que, no mês em que o bebê que eu havia perdido era para nascer....descobri a gravidez da Alinne. Exatos nove meses...coincidência?! Prefiro chamar de resposta!
Naquela terça-feira, eu estava sentindo contrações falsas várias vezes durante o dia; isto é, contrações indolores, sem qualquer ento...rsrs, sangramento, corrimento, vazamento que pudesse denunciar início de parto.
Quando à noite voltei da igreja achei que elas estavam mais próximas e não tão isoladas como durante o dia...tomei um banho e aguardei...durante a madrugada nada de dor, porém as contrações mais freqüentes e ritmadas....
Na quarta-feira, eu fui ao posto e a médica pediu que eu fosse direto para a maternidade, para fazer exames, chegando lá fiz três cardiotocografias, onde finalmente verificaram que eu estava em trabalho de parto e era necessária uma cesariana.
Meu marido e as crianças já estavam esperando minha internação, foi uma sensação muito estranha deixá-los lá embaixo enquanto subia de cadeira de rodas para o pré parto...
Depois foi tudo muito rápido, sala de parto, anestesia e o chorinho dela!
Colocaram-na bem pertinho de mim, de rosto colado chorei ao ver minha linda menina...tão pequenina, reclamando pelo frio...
Ela passou pela pediatra e foi colocada em um berço aquecido; me disseram que ela nasceu com desconforto respiratório. Chorei porque ela foi para a incubadora e não ficaria comigo, eu queria amamentá-la, beijá-la, ficar olhando para ela! Mas o que fosse melhor para ela era prioridade naquele momento!
Quando eu fui para o quarto a Alinne não foi comigo e eu fiquei muito angustiada com isto....mal dormi, estava ansiosa, falei a madrugada inteira com a Raquel (colega de quarto)...
Mal podia esperar a hora de ir tomar banho e correr (modo de falar, rsrs estava com 11 pontos) ao berçário ver novamente minha riqueza, olhar com mais atenção os detalhes dela, cheirar, beijar....isto era 03h00min da manhã...não pude, me disseram para eu me recuperar melhor da cesárea e depois ir tranquila às 06h00min.
Quando deu o horário, lá estava eu no corredor em direção ao encontro da minha filha!